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O Setembro Amarelo é uma campanha criada no Brasil, em 2014, inspirada pelo 10 de setembro de 2003, data que a OMS definiu como o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio. A cor da campanha foi adotada por causa da história que a inspirou: em 1994, um jovem americano de 17 anos, chamado Mike Emme, suicidou-se ao conduzir o seu carro, um Mustang de 1968, restaurado e pintado de amarelo pelo próprio. No funeral, os amigos ofereceram cartões e fitas amarelas com a mensagem: “Se precisar, peça ajuda”. A ação ganhou grandes proporções e expandiu-se pelo país e pelo mundo.
O principal objetivo da campanha Setembro Amarelo é a consciencialização da prevenção do suicídio, procurando alertar a população para a problemática – identificar sinais de alerta e incentivar a sua prevenção. Mesmo com tantos casos diários, e muitos deles mediáticos, ainda existe uma expressiva barreira para falar sobre esta problemática da doença mental.
Segundo a OMS, a doença mental é a segunda causa de incapacidade no mundo e a Depressão é a doença mais ligada ao suicídio, sendo que esta pode afetar qualquer pessoa, em qualquer fase da vida.
Quais os sinais de alerta?
A melhor forma de reconhecer quando alguém precisa de ajuda por estar a experienciar pensamentos suicidas é conhecer os fatores de risco associados ao suicídio:
• Diagnóstico de doença psiquiátrica e/ou doença física incapacitante;
• Tentativa(s) prévia(s) de suicídio;
• Histórico familiar de comportamento suicida;
• Presença de outros comportamentos auto-lesivos;
• Abuso e dependência de álcool e/ou drogas;
• Experiência de abuso físico/sexual/psicológico;
• Comportamento impulsivo, agressividade e isolamento social;
• Fatores sociais, que não são determinantes, mas devem ser tidos em conta – separação conjugal, desemprego, conflitos familiares, fácil acesso a meios letais
Como ajudar?
Para ajudar uma pessoa com ideias e/ou comportamentos suicidas, algumas ações são fundamentais, tais como:
• Ouvir ativamente, demonstrando empatia e calma;.
• Ser afetuoso e dar o apoio necessário;
• Levar a situação a sério e avaliar o grau de risco;
• Perguntar sobre pensamentos/tentativas de suicídio anteriores;
• Explorar outras saídas sem ser o suicídio, identificando formas de apoio emocional;
• Informar a família e amigos imediatamente;
• Remover possíveis meios para o suicídio, em caso de risco elevado;
• Procurar entender os sentimentos da pessoa sem diminuir a sua importância;
• Aceitar e respeitar o seu sofrimento;
• Demonstrar preocupação e cuidado constantes.
O que não deve fazer?
• Não ignore ou desvalorize uma pessoa com pensamentos e/ou comportamentos suicidas;
• Não encare como uma simples “chamada de atenção”;
• Não entre em choque, fique envergonhado ou demonstre pânico/desespero;
• Não tente dizer que tudo vai ficar bem, diminuindo a dor da pessoa, sem agir para que isso aconteça;
• Não faça promessas de resolução ou confidencialidade, procure ajuda imediatamente;
• Não deixe a pessoa sozinha, principalmente em momentos de crise;
• Não julgue/critique os seus pensamentos e/ou comportamentos.
Apesar de todos estes pontos a ter em conta, a ajuda profissional é fundamental e necessária.
Um Psicólogo e/ou um Psiquiatra podem ajudar!
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